Thursday, October 23, 2014

Se o Vinho fosse uma roupa...

          Eu sei que os meninos devem estar enciumados, mas estamos vivendo tempos rosados! É um momento de vinho entre as meninas. Logo logo teremos vinhadas para todos os públicos então não fiquem tristes rapazes mas sigo com mais um post voltado "PRAZAMIGAS"!!!

Pensando em incentivar a participação da mulherada nas próximas vinhadas do Bicchiere, e a que vai rolar em Piracicaba ainda por cima é em parceria com um Brechó Especialíssimo, tem tudo a ver comentar aqui sobre um livro muito bacana que se chama: Wine for Women: A guide to buying, pairing and sharing wine. A sua autora Leslie Sbroco faz uma comparação muito legal entre as uvas dos vinhos e as peças essenciais do guarda roupa das mulheres. Sim, é só uma brincadeira. Mas pensando em cada vinho seus sabores seus aromas... AAAHHH vá até que tem muita coisa que faz super sentido!






Uvas brancas

Chardonnay: versátil, popular e capaz de gerar vinhos de vários estilos. Seria equivalente a um 
vestido clássico da cor preta, o famoso pretinho básico.





Sauvignon Blanc: com boa acidez, sabores de frutas e ervas frescas, a uva é “equivalente a uma camisa branca de algodão recém-lavada”.

Pinot Grigio: é como vestir seu jeans favorito no final de um longo dia, é relaxante e confortável.

Riesling: uva leve e vibrante, com sabores arredondados de fruta e alguma doçura às vezes. “Esse vinho é como um vestido de primavera numa garrafa”.

       Uvas tintas










Cabernet Sauvigon: nunca sai de moda, os vinhos feitos com essa uva são como um “terninho clássico”

   Merlot: para essa uva macia, sedosa, a comparação é inevitável. Merlot é como uma roupa de              cashmere.

   Syrah: uva quente, que adiciona uma pitada de “sex appeal em qualquer refeição”. Como uma bolsa    vermelha adornando uma mulher.

    Pinot Noir: uva elegante, clássica e glamorosa, que lembra um vestido de gala, feito de seda

Sunday, October 19, 2014

MULHERES VINHATEIRAS

Aproveitando o ensejo das próximas degustações que o Bicchiere fará visando o público feminino, vale super a pena saber sobre a história dessas poderosas vinhateiras.
E é como eu sempre falo, tem muito mais do que só vinho dentro de uma garrafa...
Guerreiras, corajosas, determinadas, essas mulheres revolucionaram em diferentes épocas  o setor do vinho, uma área onde os homens sempre foram a imensa maioria.
Brindem e bebam cultura!!!

Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin (1777-1866) ficou viúva aos 27 anos, com uma pequena filha e sem qualquer formação empresarial assumiu o controle da vinícola do marido. Em meio a guerras do período napoleônico, lutou para transformar, em pouco mais de uma década,  a pequena empresa familiar em um grande negócio.  Foi uma das primeiras mulheres a liderar um império comercial internacional, sob a marca Veuve Clicquot. Sem medo de arriscar tudo o que tinha, ela fez do produto que vendia um sinônimo de luxo e tornou-se uma lenda na França. Hoje em dia eu me pergunto quem é que não conhece aquela garrafa de rótulo amarelo que eu carinhosamente chamo de viúva? É puro luxo!!! A Madame Clicquot Ponsardin é praticamente um ídolo, single mom, empreendedora e super avant guard ! Brindemos com Champagne!


Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), mais conhecida por Ferreirinha, foi uma empresária portuguesa notável do século XIX,  ligada aos negócios do vinho do Porto. Apesar de ter nascido no seio de uma família de posses, Antónia não se deixou acomodar ao estilo de vida típico. Ficou viúva com apenas 32 anos, mas casou-se de novo em 1856 com o seu administrador, José da Silva Torres e continuou a manter o negócio da família. Tornou-se a pessoa mais rica e respeitada do Alto Douro vinhateiro e numa das mais poderosas individualidades da época em Portugal. Lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais interessados em construir estradas e comprar vinhos espanhóis que investirem na produção do país.



Lilly Bollinger (1890-1965)- Viúva aos 42 anos, ela comandou os destinos da vinícola da família em plena Segunda Guerra, quando a França estava ocupada pelos nazistas. Fez a empressa prosperar sob sua liderança, dobrando de tamanho.  Figura amada em Champagne, onde era vista andando de bicicleta pelos vinhedos todos os dias. Em 1961, quando um repórter de Londres perguntou sobre quando ela bebia Champagne, Madame Bollinger respondeu: “Só bebo Champagne quando estou feliz e quando estou triste. Às vezes, bebo quando estou sozinha. Quando estou em companhia, considero obrigatório. Bebo um golinho se não estou com fome e bebo quando estou com fome. Caso contrário nunca toco nele, a não ser que esteja com sede.”





Maria Luz Marin, nascida em 1951, foi a primeira mulher a trabalhar como enóloga em terreno chileno. Estreou na área com 30 anos. É engenheira agrônoma, pós-graduada em viticultura na França. Em 2000 quebrou outro paradigma ao fundar a Viña Casa Marin, em San Antonio,  um local onde a paisagem reúne  neblinas matinais,  ventos fortes e temperaturas frias na época do amadurecimento das uvas, o que a fez ser olhada com ceticismo por muitos experts que não acreditavam que condições tão extremas fossem capazes de produzir vinhos bons. Aos poucos, mostrou que valeu a pena apostar em sua intuição.




Donatella Cinelli – Nascida em 1953, em uma família de produtores de Brunello di Montalcino, na Toscana, fundou em 1993 o Movimento Turismo do Vinho e inventou a Manifestação Vinícola Aberta, que contribuíram significativamente para incrementar o turismo de vinho na Itália. Depois de trabalhar 14 anos na Vinícola da Família, criou seu próprio negócio. É dona do Casato Prime Donne em Montalcino, uma vinícola de produção de Brunellos onde só trabalham mulheres. Possui inúmeros prêmios, dentre eles, o de melhor produtor de vinho italiano.




Jancis Robinson – Nascida em 1954, na Inglaterra, é hoje uma das maiores autoridades de vinho do mundo. Formada em Filosofia e Matemática começou a se interessar pelo estudo do vinho há quase trinta anos, quando a apreciação da bebida ainda era considerada algo supérfluo. Foi a primeira especialista fora do círculo de vinicultores a receber, em 1984, o título de Master of Wine, o respeitado e difícil teste de qualificação que avalia o conhecimento teórico e prático sobre vinhos. É autora de importantes publicações como o Atlas do Vinho. Também percorre o mundo fazendo palestras e participando de degustações e avaliações de rótulos. Por ser considerada extremamente técnica e capacitada, foi escolhida consultora oficial da adega do Palácio de Buckingham, em Londres, onde vive a rainha Elizabeth II.

A essas mulheres um brinde de gratidão: tim-tim!


ELAS VINHAM COM O BICCHIERE NO BRECHÓ CLEÓPATRA

Há muito tempo venho gestando a ideia de uma vinhada feminina. Claro porque é sempre um prazer poder dividir uma garrafa de vinho "cazamigas", e graças a Dionísio eu tenho boas amigas vinhateiras.
Mas sempre tenho aquela pulga atrás da orelha me incomodando e me dizendo, Camila você precisa agregar mais mulheres ao mundo do vinho! E como o Bicchiere Escritorio Di Vino tem essa proposta justamente de desmitificar tantos "fru frus" acerca do vinho resolvi me engajar nesse projeto para a formação de "bebedoras" de vinho.
Esses dias uma cliente que utiliza o Vini a Casa Vostra para comprar seus vinhos, descobrir sobre suas preferências para em breve poder fazer suas compras sozinha com segurança me falou o seguinte: "Camila, depois que aquele senhor que se diz tããããããooo entendido me olhou com aquela cara quando eu disse que não tinha gostado daquele Chandon eu fiquei tão constrangida! Toda vez que vou ao mercado pego a garrafa de vinho olho olho olho, ponho de volta na prateleira e desisto!"
Isso me deixou tão chateada, porque vai contra tudo o que eu mais prezo no vinho que á a simplicidade e o prazer.
Vejam bem, sempre me peguntei por que não pode vinho doce??? Eu? Bem eu não gosto da maioria, mas MUITA gente gosta... Tenho minhas restrições sobre os vinhos de mesa, e isso vale um post que sairá em breve. Mas existem muitos vinhos finos doces, frescos frutados, menos amadeirados mais leves que atraem muitas mulheres com esse paladar.
E é por aí que começa o caminho, o vinho mais docinho é o primeiro degrau e a subida depois é em escalada!
Do lambrusco chega no vinho verde que passa pelo fino doce alcança um tinto meio seco um pinot noir um carmenére um merlotzinho e por aí vai poxa vida!
Ninguém tem que falar para você que não pode vinho doce, ou que vinho bom é vinho seco, ou que você não sabe beber vinho. E essa é uma reclamação recorrente que tenho de amigas, clientes e conhecidas.
Pois bem garotas, o Bicchiere vai ajudar com isso também! Sejam benvindas e sintam-se seguras a respeito de seus paladares e preferências!
De mãos dadas vamos conhecendo aos poucos todos os sabores, todas as opções e degrau por degrau, ups, gole por gole você vai se sentir cada vez mais apaixonada pelo vinhos em suas inúmeras possibilidades.
Com um enorme prazer convido todas as amigas para presenciar um encontro deliciosamente preparado para o público feminino. Na nossa noite "ELAS VINHAM!"
Vinharemos todas juntas, 5 tipos variados de vinhos especialmente escolhidos para vocês no lindo e surpreendente espaço do Brechó Cleópatra com direito a comidinhas harmonizadas pelo Buffet Navega, muito bate-papo e simplicidade!
Que prazer será poder brindar com vocês!



Tuesday, October 7, 2014

Calor? Beba vinho para refrescar!

Primavera chegou e o calorzão arrebentando! Sol e calor, pé na areia da praia ou na beira da piscina e para acompanhar... Aquela cervejinha gelada ou uma refrescante caipirinha! Mas por que não um belo vinho? Quem foi que disse que época de vinho é somente no frio com um bom queijo ou fondue? Nós amantes do vinho aqui em Piracicaquente, como eu costumo chamar a cidade, estaríamos perdidos se esse fosse mesmo o caso!!

Muito se engana aquele que acha que uma caipirinha mata melhor a sede. Uma dose de cachaça ou vodka tem em média 40% de álcool em contrapartida a meros 12% dos vinhos mais leves. Mas o papo hoje é VINHO! E a boa nova é que essa bebida combina sim com o calor. O que acontece é que estamos fazendo tudo errado em termos de temperatura e pouco ousamos na hora da escolha. Certa vez li numa coluna de um jornal famoso um enófilo dizendo que estamos fazendo sorvete de vinho branco e sopa de vinho tinto! Claro que não é necessário que cada um tenha seu termômetro pessoal de garrafa, mas o bom senso e uma dica valem para todas as estações do ano: O vinho é o melhor amigo do homem, e o melhor amigo do vinho é o balde de gelo!

É a acidez da bebida que a torna refrescante – por isso do limão na caipirinha – e essa característica é acentuada à temperaturas baixas. O ideal para o vinho varia muito de acordo com o estilo da bebida, mas como estamos falando de vinhos leves, frutados e jovens para serem degustados sob a sombra de um guarda-sol, uma boa média de temperatura ficaria entre 8 e 10 graus, ou seja, alguns minutos no baldinho com gelo e água. Geralmente espumantes, brancos, rosés e tintos menos encorpados são ideais.

Muito comum em países europeus mais próximos ao mediterrâneo, o consumo de vinhos leves e refrescantes durante os dias quentes vem ganhando cada vez mais seu lugar ao sol da nossa terra brasilis. Você pode de deve encher uma taça e deliciar-se com o frescor dos vinhos desde que bem acompanhados, seja por uma deliciosa refeição ou petisco harmonizado, seja por uma boa companhia e uma linda vista. Escolher o vinho certo para um dia quente não é uma tarefa tão difícil quanto se pode imaginar e com certeza será uma grata surpresa sensorial.


Vinhos mais frescos como espumantes menos estruturados do que os tradicionais Champagnes, brancos principalmente das uvas Sauvignon Blanc, Riesling, Gewüstraminer e Malvasia e em rosés bem elaborados que tem todo o frescor dos brancos aliado ao prazer gustativo dos tintos mostrando-se cada vez mais surpreendentes. São alguns bons rosés aqueles do novo mundo produzidos com uvas Syrah ou Malbec e os tradicionalíssimos rosés da Provence.

Vale frisar que os espumantes são os grandes coringas para o calor, devido à presença do gás carbônico proporcionam uma deliciosa sensação ao paladar e harmonizam muito bem com a maioria dos alimentos que são geralmente consumidos nessa estação do ano. (Atenção à temperatura desse tipo de vinho que é levemente mais baixa, em torno de 6 a 8 graus)

Outro mito á ser quebrado é do ritual do consumo do vinho. Não é preciso seguir tantas regras de etiquetas, usar os melhores, mais bonitos e mais caros “apetrechos” em todos os momentos e em qualquer lugar. Guarde suas lindas taças de cristal para um agradável jantar em casa, lembre-se que estamos falando de consumo do vinho de forma despojada. O que vale mesmo é o prazer da bebida e para isso é preciso praticidade. O que me remete à outra falsa idéia sobre vinhos: Vinhos sem rolhas, com “tampas de rosca”, as polêmicas screwcaps. Elas não são um problema, e sim uma solução. São práticas e ideais para vinhos que serão prontamente consumidos e não necessitam de tempo de envelhecimento na garrafa.

Moral da história: muito se diz sobre vinhos e pouca coisa é esclarecida para você que simplesmente gosta da bebida mas não daquele blábláblá frufrufru todo que se faz em torno do vinho!!! Para isso que EU estou aqui, para isso que EU resolvi divagar cada vez mais em linhas e dividir minha paixão pelo vinho... 

O hábito de degustar um bom vinho não é amedrontador e cheio de regras, o que interessa mesmo são os bons momentos que essa bebida milenar pode te proporcionar uma vez que você se aventure. Basta ser ousado, se desprender de convenções e experimentar, sempre tirando assim suas próprias conclusões. O mundo do vinho é uma escalada, onde a cada gole você sobre um degrau que dificilmente irá descer. Descubra suas preferências e lembre-se:

VINHO BOM É AQUELE QUE VOCÊ GOSTA E PONTO FINAL